segunda-feira, 17 de outubro de 2011

.....PELAS TRILHAS DA HISTÓRIA

Igreja Matriz de São José do Barreiro


Vira-Lata espera almoço...

Em São José do Barreiro, bem cedinho, fomos tomar café da manhã com biscoito da Sandra, na praça central, com Excelentíssimo Prefeito Arthur. Ele, aliás, é o Prefeito mais fusqueiro que eu já conheci (Ganhou a vida e a eleição com um fusca-táxi que levava o povo pra roça). E estávamos lá, eu, o João e o fusqueiro, quer dizer, o Prefeito, bem tranqüilos. De repente, passou um caminhão em alta velocidade, a 40 km/h, nos impedindo de ouvir o que o Prefeito estava falando. Foi quando o fusqueiro, digo, o Prefeito pegou seu celular, ligou pra alguém e disse: EU QUERO DOIS QUEBRA-MOLAS NA PRAÇA NA SEGUNDA-FEIRA!

E depois desse ato heróico do Prefeito, nós continuamos a prosa e o café. Seguindo nossa viagem pelo Vale Histórico fomos para Formoso, um bairro da pacata cidade de São José do Barreiro. Passamos pelo Clube dos 200, um hotel-fazenda que hospedou celebridades como Carmem Miranda, Tarsila do Amaral e Getúlio Vargas, entre outros nomes importantes.

Assinatura de Carmen Miranda

Depois, para a Fazenda da Barra, onde fomos recepcionados pelo proprietário, Paulo, que recebeu de presente sementes de mangarito e cara-moela, para incrementar o cardápio da fazenda. Essa fazenda é cercada por matas, tem uma piscina natural e cachoeiras, tem também as ruínas de uma senzala toda de pedra.

Fazenda da Barra

Restos da Senzala

Fazenda da Barra

Piscina Natural - Fazenda da Barra

E sábado não acabou, não. Voltando para a cidade, fomos até a Fazenda São Francisco, a mais antiga da região, de 1813. Tomamos um café, proseamos um pouco com os proprietários, Seu Waldo e Dona Eliane, e voltamos para a pousada. Mais à noite, fomos até o restaurante “O Rancho”, comer e ouvir um pouco mais sobre a história da velha São José do Barreiro. O João até deu uma palhinha para o pessoal, contando um pouco sobre a comida caipira.

No dia seguinte, pela Estrada dos Tropeiros, e a beleza da Serra da Bocaina sempre a nos encher os olhos, passamos em Arapeí (aqui fica o sítio da D Licéia que serve uma das melhores comidas caipiras do Brasil) Logo, logo conto tudo. Seguimos pra Bananal, parando para uma visita na Fazenda dos Coqueiros, da Dona Beth e do Sr. Guga. Essa, sim, me fez reviver a história do Brasil. Entre seus corredores e cômodos, é como voltar ao passado e viver naquela época. Nos fundos da Fazenda tem um poço onde escravos eram torturados e até mortos. É arrepiante!

Poço de Tortura de Escravos - Fazenda dos Coqueiros

E em Bananal mesmo, fomos dormir na pousada do argentino Jorge, a Volterra. Comemos uma truta preparada pelo proprietário especialmente para nós. A cidade tem muita coisa interessnte, que ainda vou conhecer.. Veja no site www.nascentesdoparaiba.com.br

Enfim, segunda-feira chegou. Dia de voltar para casa, trazendo nas malas um pouco mais de histórias, belezas e momentos agradáveis, ficando sempre um gostinho de quero mais.

Se conhece alguém que já viu curupira e saci? Eu conheci e vou contar tudo. Aguarde......

terça-feira, 4 de outubro de 2011

BOCAINA. VAMO NÓIS .........


E vou eu, com o fusca, rumo ao Vale Histórico para mais uns dias de aventura e pesquisas com o João Rural.

Chegando em Silveiras, direto para o mecânico. O fusca resolveu faiá e queria uma revisão, parecendo que sabia o que ia enfrentar no dia seguinte.
No final da tarde, conheci a Dona Geralda, que faz uma rosquinha de farinha de milho - meu Deus! Uma delícia dos antigos. Segundo o João, eu comi uns 13.
Saindo dali, direto para Areias, descansar, porque o dia seguinte prometia. Afinal, não é todo dia que se sobe à Serra da Bocaina até a nascente do Ribeirão da Lagoa, a principal nascente do Rio Paraíba do Sul, por ser a mais distante da foz do rio.
No dia seguinte, saímos bem cedo até o portal da cidade para um café com algumas autoridades e amantes da aventura, com a recepção do divertido Zé do Paraíba.
Saindo de lá, todos duvidaram que o fusca subisse a Serra. Mas mesmo assim fomos, no meio das camionetes e jipes 4x4. No começo, tudo tranquilo. Alguns morrinhos, só, nada demais. Depois, a 1.700 metros de altitude, varando a mata e ribeirões, é que eu vi a coisa feia, rsrsrs. O João me pedia pra distanciar das 4x4, eu até tentava segurar, mas não dava não. Ou ia ou ia, tive que pedir para os 4x4 para liberar a estrada. Inacreditável, mas o fusca já estava empurrando as camionetes. Depois que passamos, o fusquinha foi que foi, não tinha morro que segurava ele, ou melhor, nós.
Chegando lá, foi só elogios. Todos tiveram que acreditar que o fusca chegou. Propostas de compra não faltaram, com a condição de que a motorista fosse junto. Até me perguntaram se eu era filha de caminhoneiro. Eu disse: Caminhão, não. Ônibus, mesmo. E tive um ótimo professor, meu pai!
E no meio de camionetes e jipes nós estávamos lá, a quase dois mil metros de altitude, nos Campos da Bocaina, onde fica a Nascente do Ribeirão da Lagoa. Esta região parece mais uma estepe, como as do Rio Grande do Sul, tanto que ali foi filmada a novela “O Gaúcho” do SBT.
E depois de beber muita água, fotografar e filmar esse momento mágico, acompanhar as homenagens, nós descemos a Serra. Fiquei admirada com a paisagem, a vista da descida é coisa de se parar só para admirar. Dali, avistamos toda a Serra da Mantiqueira do outro lado, que ainda parece mais alta (um de meus próximos objetivos).
Fomos para uma pousada em São José do Barreiro. Tudo o que eu queria era um bom banho para tirar o pó e... cama.
Sabadão chegou, mas isso já é outra história. Aguarde.